20080918

Estrada para nenhures!


Na imagem vemos mais um bom exemplo da inconsciência da Câmara da Covilhã, liderada por Carlos Pinto. Uma estrada de 4 vias, com separador central, construída há 4 ou 5 anos, com passeios largos, melhores que os de qualquer zona habitada da cidade, já cobertos de mato, candeeiros de iluminação pública, que permanecem acesos toda a noite, etc. Apenas um defeito: a avenida não conduz a sítio algum! Estará prevista uma ligação à Quinta do Freixo?

11 comentários:

Anónimo disse...

Estrada sem saída é uma imagem de marca desta cãmara.

Anónimo disse...

Realmente, esta câmara conduz a Covilhã a um beco sem saída!

Anónimo disse...

Esta estrada era para ligar ao nó da autoestrada, mas foi embargada há dois anos (ou qualquer coisa assim) pela CCDR, se não estou em erro. Na variante e no acesso à variante, já perto do hospital, havia paineis informativos que indicavam esse sentido como acesso à A23, que foram, depois do embargo, tapados com plásticos. Não tenho reparado se ainda assim estão ou se foram removidos.

Tenho notado nos últimos dias novos movimentos de máquinas nessa obra. Legais ou ilegais? Não sei.

G* disse...

O GE* agradece a preciosa informação, caro anónimo. Estaremos atentos.

Anónimo disse...

Terão os donos dos terrenos contíguos àquela nova rua pago as mais-valias correspondentes à sua valorização, ou foram simplesmente premiados pela Câmara? Quem serão os proprietários? Terá isto a ver com a tentativa de construir outro "bairro de luxo" no aeródromo, para satisfazer a enorme falta de habitação no concelho?

Anónimo disse...

Carlos Pinto já mandou fazer uma "lápide" com a inscrição "isto não é uma estrada"... e realmente não é, aquilo é poesia pura, é uma simples obra de arte ao ar livre, com toda a carga metafórica e simbólica do de um caminho instalado no inacabamento e abandono...Afinal o Presidente olha pela cultura...

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Uma verdadeira "Road to nowhere" que David Byrne não desdenharia cantar.

Convém relembrar que esta obra se insere naquela estratégia política de "terra queimada", ou seja, tenta-se dar a coisa como acto consumado e quem vier a seguir que pague a "factura".

Temos então esta coisa fantástica: uma Câmara Municipal, órgão do Estado e que, supostamente, deveria fazer cumprir as leis desse mesmo Estado, planeia e executa obras que violam as ditas leis.

Conclusão? As leis são relativas, existindo leis de dois tipos: aquelas que a CM da Covilhã tem interesse em cumprir e aquelas que não lhe dá muito jeito cumprir como, por exemplo, as leis de ordenamento do território (REN, RAN).

Mas o Sr. Carlos Pinto conhece muito bem o país que o viu nascer e sabe que destes atropelos flagrantes à lei nada resultará. Aliás, bastaria constatar como quem afronta o "poder de Lisboa" é aclamado como herói do povo, tal como aconteceu em Oeiras, Gondomar ou Felgueiras.

Caso ainda mais flagrante foi o da "Quinta do Freixo" onde a CM da Covilhã saiu em defesa de um promotor imobiliário privado que claramente violava as leis do Estado português.

Eu, confesso, sou um daqueles ingénuos que pensava que as leis do Estado se aplicavam a todos e que o mínimo que se exigiria a um órgão desse mesmo Estado, seria que cumprisse e fizesse cumprir as leis da República Portuguesa. Puro engano...

Outro caso paradigmático é o das casas (?!) de férias ilegais edificadas nas Penhas da Saúde. O Sr. Carlos Pinto acha que estão lá muito bem, ou seja, esse senhor considera que todos nós que, no respeito das leis nacionais, não fizemos a mesmíssima coisa, não passamos de uns parvos. Felizes os "chicos-espertos" que tiveram razão antes do tempo e lá foram fazer a sua casinha.

Parvo sou eu por estar a perder tempo a escrever este texto quando poderia estar a fazer a minha casinha de férias nas Penhas da Saúde!

A Covilhã é mesmo uma cidade 5 estrelas, mas não para os que acreditam no Estado de Direito...

P.S. - O que estes senhores que (des)governam a CM da Covilhã não entendem é que ao violarem as leis de ordenamento do território, ou quando saem em defesa dos privados que as violam, estão a por em causa a autoridade do Estado. Ou seja, e como o Estado é só um, estão a convidar todos os cidadãos do concelho da Covilhã a que violem, por exemplo, todos os regulamentos municipais.
Dito por outras palavras, para quê solicitar autorização à Câmara para fazer obras? Para quê pagar taxas e impostos municipais? Vamos todos, tal como faz a Câmara, cumprir e respeitar apenas as leis que nos convêm, já que tudo parece obedecer à "lei da relatividade"...

Anónimo disse...

É boa, essa da Lei da Relatividade :)
Bem esgalhado!

Anónimo disse...

Aqui está obra sem saída, relacionada com a A23.

ljma disse...

Anónimo, creio que essa é outra obra sem saída, mas noutro local, na saída Covilhã-Sul e suponho que é para (eventualmente) ligar à estrada para Coimbra por Tortosendo, Unhais da Serra, Estrada da Beira etc.

Cinco estrelas têm os comentários po pomar e do Pedro! "Ceci n'est pas une route", "The road to nowhere", "A lei do relativismo" (fica mais apropriado do que "relatividade")... De partir o coco a rir (para não chorar)! Uma cidade onde se geram comentários assim não está completamente perdida, caramba!

Anónimo disse...

E por acaso já alguém se perguntou de quem são os terrenos contíguos a esta estrada? Se calhar...