20081210

A quem se aplica?

"... este senhor gesticula freneticamente, faz uso de uma verbosidade de feira, continua a ser o que a demissão cívica de uma cidade o deixou ser durante demasiado tempo. Ou seja, convive mal com a crítica, com a pluralidade, com uma opinião pública esclarecida e independente, com tudo aquilo que extravase a rede clientelar do amiguismo e da vacuidade ideológica e política. O que inclui a modernidade, a transparência, uma actividade cultural regular e seus agentes, e um jornalismo independente. Para tiranetes de província do género, o paternalismo e o apagamento da cidadania no seu entorno são o garante da sobrevivência e protagonismo na res publica. (...) chega a ameaçar os críticos, os bloggers que publicamente denunciaram a irresponsabilidade (...) político jubilado, a quem tudo é permitido, pois está em tudo e já não está em nada. O que só em parte é verdade, pois parte da rede clientelar que criou acabou por lhe sobreviver (...) o bom povo ainda o idolatra, ou pelo menos, está certo da sua eterna gratidão. (...) Os melhoramentos e benefícios onde interveio foram actos próprios de um benemérito? Obviamente que não. Um político que exerça cargos públicos é eleito precisamente para cumprir o programa que foi sufragado, tomar decisões sobre o bem comum na circunscrição respectiva. (...) remete menos para a vida pública do que para a virulência de uma ferida narcísica ainda por sarar."
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A quem se poderia aplicar tão eloquente descrição, retirada do Boca de Incêndio, que caracteriza uma atávica e abundante estirpe de políticos do nosso contentamento?

6 comentários:

Anónimo disse...

Aplica-se a muitos dos que estão no activo, oh se aplica! Mas a sociedade portuguesa procura dons sebastiões. Não acredito que algo mude na Covilhã. A um ano das eleições só se fala de pessoas, nunca de ideias. O PSD é unipessoal e clientelar, e com o fim dos empréstimos emagrecerá, o PS um clube de magustos, o PCP vive da memória e o BE é invisível. Parece que andam à procura de líderes à medida da sociedade covilhanense, infantilizada e medrosa. Até o PSD já percebeu o perigo que representa a Blogoesfera para a abertura das mentalidades, só que ainda não conseguiu arranjar gente educada que saiba escrever nos blogs. Os jornais da cidade, mesmo os universitários, são pouco ou nada plurais. No fundo, este fenómeno espelha um concelho onde o grosso da população é civicamente inexistente e receosa da crítica. As pessoas têm medo de se ver ao espelho. Convenceram-se que a Covilhã é a maior e não suportam que lhe digam o contrário. Escolhem os líderes à sua imagem, que os embalem na boçalidade que ostentam.

E disse...

Não acredite em tudo o que lê....o Abílio Curto é um político bem mais complexo que essa ideia simplista que o Godgil faz passar.

Eu diria que o Carlos é bem mais básico que o Abílio. Sim porque o Abílio sempre tinha o dom da palavra, e soube em determinada altura mudar o paradigma urbanístico que vinha sendo traçado nos primeiros anos da Democracia.

Anónimo disse...

Este egitaniense ainda não percebeu a situação em que se encontra a Guarda "capital de distrito", parada no tempo e a distancia a que se encontra a Covilhã.
Uma vende "ar", e uma PLIE que virou fantasma, a Guarda. A outra, a Covilhã,vende Parkurbis, medical center's, Parques Industriais, Fac Medicina e um grande etc.
Pior cego é o que não vê...e não vê a diferença entre um politico como o da Covilhã, e um demagogo como era o da Guarda.
Urbanismo na Guarda?
Gosto mais de Telheiras...

Anónimo disse...

Covilhanense, em matéria de demagogia e de jeito para erigir subúrbios, não encontro grande diferença entre um e outro. Talvez o barrismo te tolde a vista. Nas tuas próprias palavras: "O maior cego é o que não quer ver"! 5 estrelas

Anónimo disse...

A Egitânea continua a produzir cegos e pedantes atrasadinhos que nem um centro comercial são capazes de preencher, nem uma PLIE em 6 anos são capazes de iniciar, nem o Hotel de Turismo da Guarda são capazes de recuperar, donde não sai uma ideia de nada e ainda insultam os outros...
O pior cego é o que não vê... Anda continuai assim com valentes abilios reciclados que a Covilhã 5 estrelas, agradece!!!

Anónimo disse...

O "covilhanense" não percebeu nada do que disse o "Orlando"?