20041104

Câmara da Covilhã e a imprensa

"... A Câmara Municipal da Covilhã (...) através do seu gabinete de Comunicação e Relações Públicas, remeteu um fax, não assinado, ao presidente da direcção da rádio [Clube da Covilhã] em que diz: «Enquanto permanecerem nessa rádio os actuais "jornalistas" comunicamos que não faremos quaisquer declarações e não desejamos contactos com tais protagonistas.» (...) O corte de relações entre a autarquia e a RCC surge, de acordo com o texto, na sequência da cobertura efectuada por aquele meio de comunicação, a 16 de Outubro, da «reabertura oficial» da escola e jardim-de-infância de Santo António (...), como se não estivesse estado presente o titular desta câmara municipal e realça alguns assuntos abordados pelo autarca que a «"jornalista" decidiu ignorar». Antes deste episódio, a jornalista Patrícia Figueiredo, que fez a cobertura da (polémica) inauguração, já tinha sido impedida de entrar em conferências de imprensa da autarquia. (...) Contactado pelo DN, Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), diz que «nunca tinha visto uma coisa destas», referindo-se ao documento emitido pelos serviços da autarquia, que considera «ofensivo». (...) Alfredo Maia diz que o SJ «tem provas de que a Câmara da Covilhã convive mal com o pluralismo e a liberdade de imprensa». No fax da autarquia lê-se que «quem faz comunicação nessa rádio está ao serviço de forças políticas minoritárias, pelo que não merece qualquer abertura institucional para contactos futuros»."" DN, Marina almeida, Quinta-feira, 4 de Novembro de 2004

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