20081206

Plano? De mobilidade? Na Covilhã?

Numa cidade onde, volvidos 4 (quatro) mandatos do mesmo executivo autárquico (por acaso PSD), é difícil encontrar uma rua com passeios decentes, contínuos e praticáveis, não interrompidos por rampas de acesso às garagens (licenciadas pela Câmara), postes de tudo e mais alguma coisa, caixotes do lixo, bocas de incêndio, postos de transformação, caixas de telecomunicações, candeeiros, sinais de trânsito e muitos outros obstáculos colocados ou autorizados pela Câmara precisamente no meio dos exíguos passeios, geralmente limitados por lancis altíssimos em quina viva; numa cidade onde, além destas dificuldades, há poucos edifícios públicos naturalmente acessíveis a cadeiras de rodas, assistimos com espanto ao anúncio (pelo que já nos habituaram não deve passar disso...) de que a CMC tem um Plano de Mobilidade, "ainda quase todo no papel" mas que pretende implementar nos próximos 3 a 4 anos :) O arauto é Eduardo Alves/Urbi, nomeado ao Prémio Romão Vieira, que estranhamente não refere onde foi publicado ou pode ser consultado esse eventual "plano". Convinha!

Desta feita, coube a João Esgalhado apresentar a "ideia" como se tivesse chegado agora à Câmara, virgem, embora já reformado da mesma. Agora é que vai ser: rotas pedonais, travessias das ribeiras, mais duas pontes pedonais sobre o Parque da Goldra. - Esta sumidade do planeamento estratégico municipal "lembra que este tipo de projectos “pretendem criar novas soluções de mobilidade nas cidades, e na Covilhã esperamos conseguir uma forma de colocar as pessoas no centro da cidade sem que estas tenham de recorrer com tanta frequência ao automóvel”. Urbi

O Grémio* lembra, também, como competiria a um político sensato e a um jornalista isento e menos deslumbrado, que todas estas "medidas" já faziam parte do POLIS e do plano apresentado pelo Arqt. Teotónio Pereira em 2002, até agora pouco concretizado, apesar das inaugurações em duplicado. Lembramos até que, como inúmeras outras na Covilhã, a rua onde desemboca a ponte em construção sobre a Ribeira da Carpinteira, uma ponte pedonal, nem sequer tem passeio para peões! O que sobra na via do aeródromo falta na cidade... Mas centremo-nos no essencial: - Não é responsabilidade desta Câmara o descalabro urbanístico patente? - Não serão os executivos liderados por Carlos Pinto responsáveis pelos problemas que o vereador implicitamente reconhece? - Por quem nos tomam? - Que andam a fazer há 16 anos?

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