20090127

SRU - Nova Covilhã, EM, existe?



Publicava há tempo o solícito Urbi que "A SRU da Covilhã conta com cerca de 30 imóveis em seu poder. Casas degradadas que esta empresa municipal recuperou e que lança agora no mercado do arrendamento ou da venda. [!?] (...) Carlos Pinto, adianta mesmo que “grande parte dos imóveis foram alugados a casais jovens que preferem viver no centro da cidade”. (...) O autarca garante que a empresa está a cumprir os seus objectivos". Num texto sem presente, em que o passado é futuro e vice-versa, diz o jornal que a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) Nova Covilhã, Empresa Municipal, actua "em pleno".

Apesar de entretanto a Nova Covilhã, qual fábula com personagens em busca de um autor, se ter arredado da ribalta, João Esgalhado, presidente do Conselho de Administração da SRU, alegadamente tem autorizado metodologias inovadoras de intervenção no património como, por exemplo, atear fogo (1, 2) ao edifício da Pastelaria Lisbonense (Covilhã em Festa!), em pleno Pelourinho, ou as múltiplas demolições na Rua das Portas do Sol e envolvente. Daí não se perceber bem a motivação destas "notícias" sobre a praticamente incógnita empresa municipal.

Independentemente de Carlos Pinto considerar que "está a cumprir os objectivos", o Grémio* esperava outra elevação na análise da política habitacional da Câmara, ou a falta dela, como relembram os instrutivos argumentos do TC no veto a outro negócio desta mesma Câmara no âmbito da habitação. - Ah, se a oposição ajudasse Carlos Pinto, como lamentava Morgado... Não era preciso ir muito longe. Bastava constatar que na listagem obrigatória referente a 2006/07, publicada no fidedigno Diário da República, apenas consta a "reconstrução" de 3 (três) edifícios de habitação pela SRU Nova Covilhã: um na R. Gomes Correia, outro no Bc. Saco e outro na Tr. Varandado. Em Outubro foi lançada outra empreitada, mas falta resposta às questões magnas:

- Como está a SRU "a cumprir os objectivos", se em 2006 o objectivo era alegadamente recuperar 80 casas e fazer um Plano de Salvaguarda do Centro Histórico?
- Que adianta esta SRU aos serviços ordinários da Câmara?

7 comentários:

Anónimo disse...

Mais, importa saber se a SRU tem como função competir com a iniciativa privada num mercado imobiliário em recessão como é o da Covilhã. Pode configurar concorrência desleal. Se a finalidade da SRU é outra gostava de a ver explicada.

Anónimo disse...

Desejo que apareçam mais posts destes na internet.

Anónimo disse...

Num estudo de dois professores do Técnico divulgado no princípio do ano prova-se que a generalidade das EMs são ineficazes do ponto de vista económico e normalmente configuram uma espécie de alçapões às normas da contratação pública, já que amiúde estão dispensadas da prestação pública de contas (alguém pode indicar onde estão publicados os relatórios de contas, e os planos estratégicos desta SRU?). O estudo refere ainda o perigo que representa a multiplicação do leque de cargos públicos passíveis de serem ocupados por simples nomeação política. Dá que pensar. No caso concreto da SRU NOva Covilhã, pesquisei na net e não encontrei quase nada, o que é mau sinal para qualquer "empresa" em actividade. O mal é que eu, ainda que involuntariamente, enquanto português, covilhanense e contribuinte, sou accionista desta incógnita, como bem diz o grémio.

Anónimo disse...

A ICOVI das águas é outra, nas barbas da Madalena e de outros do PS..

Anónimo disse...

A habitação é um dos maiores problemas sociais do país. Com políticas destas não tem solução.

alcoviteira disse...

Cá para mim que sou inocente não me parece tam grave o sururu com a ICOVI Muito haverá para dizer quando alguem se der ao trabalho de procurar pois explicar tanta azáfama e tanta exclusiva entrega obreira à empresa CONSTROPE

G* disse...

Ora, aí está outro belo tema! Que nos pode adiantar a alcoviteira?