20090412

Corrupção inerente ao poder prolongado

"A corrupção que o poder político, mais ou menos prolongado, traz consigo, numa sociedade democrática, é muito mais ampla que a corrupção económica, embora raramente a dispense... Trata-se de uma transformação da maneira de ver o mundo e de nele intervir dos agentes políticos que, condicionados pelo desejo de se perpetuarem no poder por motivos mais ou menos altruístas, recorrem aos mais diversos meios para influenciar o resultado das eleições. A imprensa é, neste aspecto, determinante... ninguém duvida da importância ou da vantagem de ter uma "boa" imprensa... [O princípio de que] quem escolhe uma carreira de "serviço público" tem de estar disposto a suportar ataques e cíticas, mesmo que injustas, não é muito bem aceite em países como o nosso, em que as carreiras de "serviço público" são entendidas, tradicionalmente, como um "privilégio", fonte de honrarias para o próprio e de subserviência de terceiros na comezinha expectativa de benefícios diversos." Francisco Teixeira da Mota, Público 11/04

7 comentários:

André Carrilho disse...

Também li o artigo. A tónica de qualquer regime devia estar nas limitação dos mandatos, pois o pior mal da perpetuação no poder é precisamente a subversão que provoca na rotina democrática. Ao viciar as regras, os procedimentos tornam-se obscuros, o que conduz as pessoas de bem a afastarem-se da esfera pública. É isso que se passa na Covilhã: cada vez são mais mediocres os que andam na babugem do poder. Se assusta a maneira como eles se julgam donos do concelho, não assusta menos a maneira como a imprensa os adula.

Anónimo disse...

Poder prolongado, deve estar a falar do carvalho da silva na cgtp, ou o cunhal e o jerólemo no peiceipei?

G* disse...

Sim, anónimo, de todos esses e de muitos mais. Não há cor, nem partido que escape.

joseph disse...

Este cromo anonimo anda pelos blogs todos a chamá-los de comunistas. Ganda pancadona pintista.

Fernanda disse...

Para muita gente, o único e verdadeiro democrata é o seu líder. Nisso, não se distinguem, nem à esquerda nem à direita. Sendo uma questão de clubismo, reduzem a poliítca à mera adesão à "causa", nunca à reflexão. Este fenómeno de apoio às "causas" dos grandes timoneiros acontece geralmente por simpatia, tipo "maria vai com as outras" nas sociedades onde começa a faltar tudo, desde o pão à vergonha. No fundo, é uma questão de líbido que encontra recompensa espiritual na estabilidade que advém de ter o retrato do líder à cabeceira. Ao líder perdoa-se tudo, desde a estupidez, interpretada como esperteza, ao esbulho, seu direito natural.

Anónimo disse...

Cala-te social-nazista joseph...goebells!!!

carpinteira disse...

Fernanda,
Eu não diria melhor.
Perfeito.